‘André ou Receita para se fazer um Monstro’, inspirado em personagem de Raduan Nassar, estreia no Teatro Dulcina
estreia dia 13 de julho - 6ª feira - curta temporada
O monólogo André ou Receita para se fazer um monstro estreia no Teatro Dulcina, no centro, dia 13 de julho, 6ª feira. A peça fica em cartaz até o dia 29 de julho, uma curta temporada com 13 apresentações. O projeto é do ator/produtor gaúcho, radicado no Rio, João Monteiro, com direção de João Paulo Soares e apoio do Piollin Grupo de Teatro. O espetáculo é inspirado no livro “Receita para se fazer um monstro”, de Mário Rodrigues (vencedor do Prêmio Sesc Literatura 2016/categoria contos) e no personagem André, do livro Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar.
O espetáculo conta com a participação especial do ator Luiz Carlos Vasconcelos. Ele interpreta o pai do personagem central (André) e aparece em alguns momentos. Por vezes como uma imagem projetada ou como áudio, quando sua voz desperta as memórias do filho. O próprio ator escreveu a sua fala, que apesar de breve é importante por universalizar a relação com o pai e abordar tópicos como o tempo, o amor e as relações humanas.
O texto da peça foi adaptado por João Monteiro e analisa a questão da violência e sua reiteração na sociedade. O personagem André relata suas vivências e conflitos familiares em um processo de construção da identidade e busca por autoconhecimento. Entre devaneios, visões e um comportamento por vezes esquizofrênico, ele se redescobre e revela um ato cometido no passado. Como um animal que começa a entender suas necessidades mais primárias, como matar, amar e sobreviver. O espetáculo traz o questionamento - Do que somos capazes de fazer quando somos nós mesmos?
“Falar sobre violência e autoconhecimento é imprescindível no momento presente. André expõe seus devaneios sobre família, morte e vida, de forma contundente, busca trocar experiências com o espectador fazendo com que ele se identifique nos pequenos gestos, nos detalhes, percebendo como somos conduzidos aos atos agressivos de forma despercebida”, acrescenta João Monteiro.
“Foi quando João falou de sua paixão pelo filme Lavoura Arcaica. A partir daí começamos a pensar em mesclar esses universos, usando-os como inspiração. Fui pedindo a ele que escrevesse coisas suas, também, para compor André. Como acontece com meus projetos a gente foi se adequando com a regência do que foi surgindo nos ensaios. Como na maioria dos meus espetáculos, vamos por um caminho muito realista, que exige uma verdade, ou melhor, mais que isso, exige uma sinceridade do ator para se chegar num realismo, naturalismo, que seja convincente”, pontua João Paulo Soares.
João Monteiro - ator
Ator, jornalista e produtor, nascido em Jaguarão (RS), residente no Rio de Janeiro desde 2009. Foi integrante do Grupo de Teatro Nós do Morro (RJ), Cia Guerreiro (RJ) e Teatro Escola de Pelotas (RS). Participou de diversas produções em teatro, dança e TV, entre elas a novela Poder Paralelo (Rede Record), o longa Tim Maia (Mauro Lima) e o espetáculo Dante’s Purgatorio, dirigido por Jorge Farjalla, no qual foi protagonista. Estudou interpretação para TV, Cinema e Teatro com professores/preparadores como Wolf Maya, Sérgio Penna, Duda Maia, Ariane Mnouchkine (Theatre du Soleil), Jorge Farjalla, Armazém Cia de Teatro, Grupo Galpão, entre outros.
João Paulo Soares - diretor
Integrante do Grupo Piollin de Teatro e professor de interpretação no Centro Estadual de Artes (CEARTES), em João pessoa. Coordena e dirige leituras, oficinas e cursos de teatro. Recentemente dirigiu os espetáculos “O Reino de Ariano” (2015), com o ator Luiz Carlos Vasconcelos, 'Razão pra Ficar' (2016), '503' (2016) e ' Outubros' (2016). Também é responsável pela preparação de elenco do filme 'A Ética das Hienas' de Rodolpho Barros.
Em Londres, estudou cinema no Greenhill College e no Stanmore College. No teatro, participou de inúmeras montagens e trabalhou com diretores como Enrique Diaz, Pascoal Villaboim, Henrique Antoun e Marcos Fayad. Protagonizou o espetáculo “A Gaivota” de Anton Tchekhov do Grupo Piollin de Teatro (PB) com direção de Haroldo Rêgo, que excursionou por várias cidades brasileiras tornando o nome do Grupo Piollin uma referência em teatro no país.
André ou Receita para se fazer um Monstro
Local: Teatro Dulcina
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro.
Data: de 13 de julho a 29 de agosto (de 6ª a domingo)
Horário: 19h
Ingressos: R$ 20,00 (Inteira) e R$10,00 (meia-entrada)
Classificação etária: 14 anos